“ (...) Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
(...)
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
(...)
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!”
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!”
Poema Navio Negreiro (Castro Alves)
Antônio de Castro Alves |
Antônio de Castro Alves (1847-1871), um dos grandes poetas brasileiros, em plena efervescência do movimento pela abolição da escravidão no Brasil, em 1868, declamava o poema Navio Negreiro.
Onze anos antes, em 1857, no século das luzes, Allan Kardec codificava a Doutrina Espírita, publicando O Livro dos Espíritos, enfatizando em comentário à questão 829:
“É contrária à Natureza a lei humana que consagra a escravidão, pois que assemelha o homem ao irracional e o degrada física e moralmente”.
***
Navio Negreiro foi uma das mais importantes contribuições em favor do movimento abolicionista, sensibilizando a opinião pública em relação àquela ignomínia.
Uma notável particularidade:
Quando escreveu Navio Negreiro, Castro Alves mal chegara à maioridade. Vinte e um anos!
O movimento abolicionista culminou com a Lei Áurea, promulgada pela princesa Isabel (1846-1921), em 13 de maio de 1888, acabando com a escravidão.
O poeta já não estava entre nós.
Deus colhe gênios no Céu!…
Navio Negreiro |